Alegria e tristeza na vida pós-Instituto

Um olhar cheio de luz, um coração pulsando sonhos e objetivos. É impossível conversar com a jovem Ana Cristina de Almeida Barbosa, de 15 anos, e não se sentir contagiado por sua alegria. Nosso encontro aconteceu em uma tarde de inverno na sede do Instituto Paulo Freire de Ação Social e ali, ela compartilhou uma porção de sua história de vida e os anos em que foi educanda na entidade.

“A vida antes do Instituto era muito ruim”, ela afirma. “Era uma criança muito tímida, tinha dificuldades em me socializar. Aqui no Instituto eu perdi a timidez, aprendi a cultivar amizades. Foi inclusive aqui que eu aprendi a ler. Tenho uma dívida com esse lugar, e sonho em voltar um dia para poder ajudar assim como fui ajudada”. Sua única tristeza é por ter concluído sua jornada na instituição. Ela diz: “não consigo falar sobre minha saída da entidade sem que as lágrimas molhem meu rosto. A gente sente um vazio enorme quando sai daqui”.

O período em que esteve no Instituto ampliou seus horizontes. Com muita coragem, ela me confidenciou seu sonho: “quero no futuro ser a pedagoga aqui do Instituto Paulo Freire”. O caminho já está traçado. Hoje, ela participa do Patrulheiros Campinas, por indicação do Instituto, e quer entrar no mercado de trabalho para custear seus estudos.

Ela deixa uma mensagem aos mantenedores do Instituto: “A contribuição de vocês é muito importante. Eu não sei o que seria de mim se eu não tivesse tido a oportunidade de estar todos esses anos aqui no Instituto. Vocês estão em minhas orações”.